Competências fundamentais para o profissional do futuro
Você já deve ter ouvido falar sobre estarmos vivendo a Quarta Revolução Industrial. E você sabia que esse termo foi dito por Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial? Essa nova revolução está diretamente relacionada ao avanço da tecnologia e à eliminação de cargos mais operacionais feitos por pessoas. Isso traz um ganho de escala, produtividade e economia de dinheiro para as empresas, além de uma série de inovações em centenas de áreas de trabalho.
Diante dessa previsão, o profissional precisa se adaptar, desenvolvendo algumas competências fundamentais para o futuro. Quer saber quais são elas? Separei para este artigo algumas das principais, com base no IFTF (Institute For The Future) .
Transdisciplinaridade
A velocidade com a qual as coisas mudam faz com que o profissional do futuro precise estar constantemente aprendendo, entendendo e desenvolvendo novas e múltiplas disciplinas e habilidades. Além de ser um especialista em determinada área, essa pessoa também deve ter interesse em aprender mais sobre outros assuntos e saber lidar com as ambiguidades de informações.
Isso garante uma flexibilidade para o profissional, seja para concorrer a vagas dentro de empresas — que estão pedindo cada vez mais habilidades técnicas e intelectuais durante a contratação de funcionários — ou então para começar um negócio próprio.
Capacidade cognitiva
O profissional do futuro também precisa ter capacidade cognitiva. Isto é: a habilidade de pensar de uma maneira diferente, com diferentes entendimentos conceituais e também estratégicos, propor ideias fora do convencional e resolver problemas com uma abordagem inovadora. Para conseguir fazer isso, precisa ampliar os seus horizontes e estar sempre em contato com novas ideias e pessoas que pensam de maneira diferente da sua! Só assim é possível fazer uma mudança de mindset relevante para o futuro.
Colaboração
A nossa economia está exigindo cada vez mais a capacidade de trabalhar em grupo, de tomar decisões em conjunto, cada vez mais colaborativa. No passado, era comum que pessoas da mesma empresa competissem ferozmente entre si para garantir o cargo mais alto dentro da corporação. É claro, a competição continua ocorrendo nos espaços de trabalho, porém – ao contrário disso – novos resultados têm sido alcançados pelas empresas em razão dos projetos colaborativos e inovadores.
Essa colaboração está influenciando, inclusive, os ambientes físicos de trabalho. Antigamente, as pessoas — principalmente as com cargos mais altos —contavam com salas individuais. Hoje, a arquitetura das empresas já está se transformando e oferecendo áreas com vãos livres que facilitam a comunicação e as trocas entre os funcionários.
Se a colaboração é fundamental para as pessoas que trabalham em grandes corporações, essa importância se multiplica entre os profissionais liberais. Quem trabalha de forma autônoma deve estar disposto a exercer suas atividades em parceria com outras pessoas e equipes. Dessa maneira, o resultado dos projetos acaba sendo muito melhor!
Os ambientes de trabalho para esses autônomos também se transformaram com o objetivo de facilitar as conexões. No passado, um freelancer precisava adotar salas em prédios comerciais ou então trabalhar de casa. Hoje, tem a possibilidade de exercer suas atividades em coworkings, que garantem as trocas, fundamentais para o profissional do futuro.
E se você tem vontade de saber mais sobre o tema, recomendo fortemente a leitura do livro Um novo jeito de trabalhar, de Lazlo Bock, Vice-Presidente SR de Operações de Equipe do Google entre 2006 e 2016. Neste livro ele dá diversos exemplos práticos de como se constrói diariamente a cultura de inovação entre todos os colaboradores do Google.
Inteligência social
Quem tem inteligência social, que deriva diretamente da inteligência emocional, sabe identificar seus sentimentos próprios e também os das pessoas com quem convive, conquistando um grande engajamento no time e alcançando resultados que são comemorados coletivamente. Essa habilidade permite que as pessoas consigam administrar suas emoções para alcançar determinados objetivos em equipes. Em vez de congelar perante uma situação, por exemplo, essa pessoa consegue identificar o que está sentindo e usar o medo ou a insegurança a seu favor e colaborar com suas ideias e de forma madura.
Pensamento computacional
Não é preciso nem dizer que o profissional do futuro precisa estar constantemente ligado nas novidades tecnológicas, né?! Isso não significa saber desenvolver aplicativos ou apenas saber usar os dispositivos, mas sim entender os processos por trás daquela tecnologia para se alcançar uma informação, tomar uma decisão baseada em dados, fazer uma compra, conhecer as novidades do mercado, seu funcionamento, etc. A tendência é que, futuramente, muitas das funções que existem no mercado hoje sejam adaptadas por conta da tecnologia. Sai na frente quem estiver conectado e usar essa mudança a seu favor, sabendo lidar bem com diferentes linhas de raciocínio e diferentes níveis de complexidade.
Você quer saber mais sobre o assunto? Nos dias 3 e 4 de outubro, vou palestrar na FAE em Curitiba e na FAE em São José dos Pinhais e falar destas e de outras competências do profissional do futuro.
Já dizia o ditado, mais ou menos assim: “Fazendo a mesma coisa e esperando resultados diferentes?!”
Garanta a sua vaga para a palestra nos links: FAE CWB e FAE SJP, e compartilhe com seus amigos e colegas.
Obrigada e Sucesso em sua Carreira!