Crise econômica e as saudades da época do pleno emprego
Na minha profissão, eu tenho a oportunidade de conversar constante e semanalmente com diversos profissionais, sejam eles homens, mulheres, de diferentes idades, áreas, cargos e segmentos. Alguns destes trabalhadores estão no primeiro, enquanto outros estão no segundo ou terceiro terço de carreira, sendo a maioria, porém, ciente dos números alarmantes (mais de 13% no Brasil) sobre o desemprego que assola o País nestes últimos anos de crise política e econômica. Outros profissionais ainda se mostram preocupados com a situação futura de seus cargos, além de também terem dúvidas sobre como motivar a equipe que ficou e manter o clima organizacional na empresa, cada um com seus sonhos e expectativas de futuro.
Mas como falar de carreira em época de crise?
Primeiramente, precisamos entender a realidade atual e quais são as possíveis futuras profissões em dois grandes tipos de carreira: CLT e o empreendedorismo. Todas as crises passam por ciclos e, hoje no Brasil, estamos vivendo o da “grande procura” no mercado de trabalho, o que é justamente o contrário do “pleno emprego” nos anos anteriores. Quando falamos de recrutamento e seleção dentro deste cenário, vemos poucas ofertas de vagas abertas, muitas demissões acontecendo, bons profissionais com disponibilidade imediata para início, ofertas salariais mais baixas, muitos treinamentos internos, entre diversos outros acontecimentos. As empresas estão evitando contratar pela instabilidade econômica. Tudo está estrategicamente planejado.
Dicas
Aqui fica a primeira dica: se você está trabalhando formalmente, como headhunter, eu recomendo que você não faça grandes mudanças profissionais e nem pessoais. Evite ao máximo ter aqueles “cinco minutos” de estresse em razão de uma reunião improdutiva ou um ponto de vista contrário da estratégia atual na empresa, sem nunca deixar de lado seus valores, claro. E por que esse conselho conservador? Porque o mercado em geral não está contratando, neste momento não serão apenas seus gaps que não o farão ser recolocado em apenas alguns meses. Não é apenas sua empresa que está passando por reduções e as previsões de melhora não estão otimistas, então não é o melhor momento de testar sua empregabilidade ou mudar de cidade ou de empresa, por exemplo. Mas acredite: tudo isso vai passar e você ainda poderá ter aquela promoção tão esperada!
Uma segunda dica importante é aproveitar este momento para empoderar seu currículo profissional (CV e LinkedIn), estudar e treinar mais suas habilidades. Atualize-se através de cursos, palestras e workshops sobre temas que você tem trabalhado nos projetos da empresa ou ainda temas de projetos pessoais para, além de um “cano de escape”em momentos de grandes estresses na empresa, começar a pensar em um plano B. Quando nos empoderamos com novos conhecimentos acadêmicos, alcançamos mais segurança nas decisões e mudanças que precisaremos tomar e estaremos bem mais preparados do que a concorrência para agir quando o mercado brasileiro voltar a crescer. E lembre-se sempre de fazer networking para saber como está o mercado lá fora, ok?
Falando agora sobre a opção de carreira empreendedora no Brasil, os números indicadores de abertura de novas empresas crescem anualmente e motivam muitos profissionais a encararem o desafio de abrir seu próprio negócio, seja ele físico ou digital. O trabalhador não tem mais “chefe”, mas ainda precisa fazer as suas próprias metas de vendas para manter as portas abertas de seu negócio e, consequentemente, passar pelas dificuldades normais de uma empresa.
Ao contrário disso, os números do SEBRAE não diminuíram e a organização continua citando a grande quantidade de empresas que fecham em curtos períodos. A SEBRAE mostra alguns dados que comprovam isso. Cerca de 81,5% das companhias fecham em um ano, 70,8% em dois, 61% em três anos 53,8% em quatro. Ou seja, mais da metade das empresas não completam cinco anos de duração. E quero citar aqui alguns pontos importantes:
- Não espere o desemprego acontecer para começar a traçar seu plano B ou C, ou seja, coloque suas ideias empreendedoras no papel, dentro de um timming realista, e aos poucos as organize, teste, recrie e finalmente as coloque em prática para empreender não apenas por necessidade. O ideal em uma transição de carreira é quando o plano B supera o Plano A e a decisão de mudança será muito mais fácil;
- Saiba que para ser empreendedor, como num processo seletivo formal, você também precisa ter perfil. Teste aqui o seu.
- Reveja seus pontos fortes como profissional ou empresa, avalie passivamente oportunidades que despertam interesse e comece assim a pensar de que forma – com os pontos fortes – você ou sua empresa resolveria problemas de clientes;
- Faça diferente em seu mercado e sempre ouça o cliente;
Por fim, crise é oportunidade? A resposta é sim para ambas opções de carreira que estamos conversando hoje. Contudo, para uma transição de carreira ser bem sucedida e com menos traumas, ou uma ideia sair do papel para a execução, é necessário tempo, preparação, planejamento, paixão e acreditar em seu próprio potencial.
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Obrigada e Sucesso em sua Carreira!
Fabiana M. Schneider
Consultora de Carreira e Headhunter, possui mais de 18 anos de experiência profissional em empresas nacional e multinacional atuando em áreas de Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, Comercial e Educação Executiva. Nos últimos anos tem se dedicado à área de gestão de Carreira e desenvolvimento humano, além de especialista em LinkedIn e professora de R&S em pós-graduação. Sócia-Diretora da empresa Trilhas da Carreira | Consultoria de Carreira, é graduada em Administração de Empresas com MBA Executivo em Marketing, certificada DISC e Orientação Profissional. Filha de Pai TI e Mãe Professora, é casada com Claudio Cercachim, mãe da Nathalia, maratonista, curiosa por pessoas e pela tecnologia.
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