A carreira feminina e o Dia da Mulher
Todos os dias 8 de março para mim são especiais. E sabe por quê? Pois é uma data em que olho pra trás e vejo quantas coisas já fiz na vida como mulher, sendo filha, irmã, mãe e pai ao mesmo tempo, depois esposa, agora empreendedora e sempre profissional.
Semanas atrás ouvi uma das versões mais próximas do que penso sobre o momento atual de empoderamento da mulher, inclusive no trabalho, algo mais ou menos assim: os homens dominaram as técnicas da caça, da pesca e das máquinas, enquanto a Mulher fazia gestão de pessoas na caverna ou em casa. E hoje, nós mulheres, estamos nas ruas pois decidimos fazer mais e estamos atravessando um bom momento para o trabalho por possuirmos uma bagagem grande desta tal gestão de pessoas, além das máquinas que fazem muitos dos trabalhos sozinhas, e que nos dá créditos a mais em relação aos homens neste assunto tão estratégico e que aflige diversos segmentos de mercado.
Mesmo com este cenário otimista, números citados pela ONU Mulheres nos diz que levaremos mais de 80 anos para alcançarmos a igualdade de gênero no Mundo. Outras pesquisas citam que mundialmente também mulheres em cargos semelhantes aos de homens têm remuneração em torno de 30% menor. Já o Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas, elaborado pelo Sebrae em parceria com o Dieese (2007) cita que as maiores diferenças salariais são identificadas em empresas de maior porte, ao contrário de empresas menores onde esta diferença diminui quase 21%*. (*Fonte: trabalho de conclusão do curso de Administração da FAE Business School em 2015 sob o título INCENTIVOS ÀS MULHERES EM ALTOS CARGOS EXECUTIVOS: UM ESTUDO DE GRANDES EMPRESAS NO BRASIL, das autoras Larissa Thomaz de Oliveira e Waléria de Fátima Pinto)
E de que forma uma Headhunter pode ajudar a melhorar este cenário de uma Carreira feminina? A Consultoria de uma Headhunter contratada por empresas de diversos portes e segmentos pode apoiar buscando e recomendando mais mulheres para processos seletivos de cargos de média e alta gestão, inspirando mudanças nas empresas desde a contratação. Sei de grandes empresas hoje, principalmente de segmentos com baixo percentual de mulheres atuando, que já estimulam a apresentação de no mínimo um CV feminino como finalista para cada processo seletivo. Acho isso hoje uma excelente estratégia que pode vir a não ser mais necessário no futuro, não é mesmo? As empresas de uma forma geral também poderão aumentar os resultados financeiros após este lento processo ao mesmo tempo que poderão acelerar mudanças positivas trazendo mulheres (principais consumidoras) para discutir em conjunto as estratégias empresariais.
Porém #ficaadica: mulheres, não esperem ter todos os quesitos para se candidatarem a posições abertas, arrisquem-se mais. Além disso, conversem sobre suas carreiras em casa também para quando convites de avanços na Carreira acontecerem facilitando assim negociações com a Headhunter e com a família quando a vaga demandar maiores mudanças na rotina familiar. Precisamos superar conscientemente o custo social da decisão de crescer na Carreira profissional e diminuir gradativamente o impacto sobre os momentos pontuais em que precisaremos temporariamente abrir mão da família.
Por fim, fica a reflexão interna para nós todas, mulheres, que também faço para mim: quais são os MEDOS e CULPAS que precisamos descobrir e superar, tanto em nós mesmas quanto no inconsciente coletivo cultural em que estamos inseridas, para soltar o “freio de mão” e ter mais coragem e liberdade?
Que neste Dia da Mulher 2016, possamos nos empoderar ainda mais para que nos próximos anos quando olharmos para trás novamente nos sentirmos realizadas com todos os novos projetos positivos que assumimos em razão desta grande mudança de comportamento.
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